domingo, 15 de março de 2009

Exaustão

Exaustão e preguiça percorre me o corpo e a mente.
Estou a precisar de férias, já não consigo ser o minimamente produtivo no meu exigente espaço, stress acumula-se, embora não queira viver nele é praticamente impossível. Trabalhos e mais trabalhos, testes, e o problema não é acabá-los mas sim passar por eles.
Há dias em que acordo e deito-me parvo, parvo e vazio de mim mesmo, algo que não gosto que aconteça uma única vez. A convivência faz bem, mas tem de ser a convivência certa nem que seja a inocente interacção com um livro, um livro recheado de palavras com sentido e sabedoria, inteligência abundante, vivências e experiências contidas nele prontas a serem sugadas pelo nosso entender, captadas pelo nosso olho que por conseguinte corram pela nossa compreensão e sejam assimiladas na nossa imensidão demente.
Não desejo somente por um livro com palavras eruditas mas sim que contenha complementos que despertem o gosto pela sabedoria, complementos tipo raios de luz, fluxos de luz, abanões e empurrões que desafiem a nossa inteligência que nos mostre o porquê de umas pessoas seguirem o sentido H e outras seguirem o J,X,S ou o T, desejo um livro digno de ser lido.


Possuo por vezes o caminho iluminado mas outras vezes contento-me a caminhar nele apalpando e sentindo-o com as minhas mãos, com o meu tacto.
Estou impaciente de terminar esta rotina e começar a dar asas aos meus sonhos, dar uso a minha inteligência, porque estou farto de ter que dar provas a pessoas que abundam de erudição, pois a escola é um local erudito. Não existe sabedoria na escola, poderá existir talvez nas pessoas que frequentam a escola.
Mas essa possibilidade parece-me escassa e há muito que foi excluída da minha cabeça embora, a rigor, o conceito de sabedoria deva incluir também competências mais amplas, como prudência, moral e experiência de vida e essas competências existem na sociedade e sejam cada vez mais escassas.
A sabedoria só se obtém com experiência. É o clímax da racionalidade. É criativa, dinâmica e sobretudo participativa.

A busca pela sabedoria deveria ser o ideal do ser humano, mas infelizmente não o é, no presente o acumular de bens materiais parece-me a escolha de momento pela grande massa global.


*"Reflexões e pesquisas"*
Sebastião
Paz

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